A limitar apresentada por 33 representantes da Associação de Professores Médicos da Coreia é rejeitada
O Tribunal Administrativo de Seul divulgou hoje (02) sua resposta à liminar apresentada por 33 representantes da Associação de Professores Médicos da Coreia, negando o pedido de paralisar os planos do governo para o aumento das cotas de matrícula nas escolas de medicina, juntamente ao processo administrativo contra os ministros da saúde e da educação.
De acordo com o tribunal, os professores de medicina não são qualificados para apresentar esse pedido, e que caso fosse feito pelos reitores das universidades, o pedido poderia ser analisado e julgado.
Anteriormente, iniciou-se uma série de protestos contra o governo e seu plano de expansão das cotas após o seu anúncio, o que gerou uma paralisação por parte dos médicos e ações governamentais para tentar impedir essa paralisação, como uma ordem judicial para os respectivos profissionais voltarem aos seus cargos imediatamente, sob a punição de perda de licença caso não seguissem as ordens.
Saiba mais: Médicos realizam uma manifestação em massa nas ruas
Em fevereiro, Cho Kyoo-hong, um médico estagiário, processou o ministro da Saúde e o segundo vice-ministro da Saúde, Park Min-soo, por ameaçar os médicos, depois do governo ter afirmado que tomaria medidas legais contra médicos juniores que deixassem os seus locais de trabalho.
Diversos médicos e estudantes das 40 escolas de medicina do país seguiram esse exemplo e abriram diversas ações separadas contra os planos do governo de adicionar 2.000 vagas no próximo ano nas faculdades.
Em resposta, o gabinete do presidente Yoon Suk Yeol anunciou que o mesmo está disposto a ouvir os estagiários para entender melhor suas objeções.
“Como há muitas opiniões dizendo que as pessoas ainda querem saber sobre o progresso do plano do governo para a reforma médica e o aumento das cotas nas faculdades de medicina, Yoon planeja explicá-las em detalhes”, disse o gabinete presidencial em mensagem de texto para repórteres.
Atualmente, mais de 90% dos 13 mil médicos juniores do país estão em greve sob a ameaça de demissões em massa desde 20 de fevereiro, tendo os professores de medicina apresentado demissões em apoio à paralisação desde a semana passada.
Em contrapartida, as eleições estão se aproximando na Coreia do Sul, que ocorrerão no dia 10 de abril, e alguns candidatos do Partido do Poder Popular, partido do atual presidente, propuseram que Yoon adotasse uma abordagem mais aberta em relação a esse assunto.
O governo defende sua opção no aumento das cotas sob a justificativa de que essa ação é tomada visando resolver a escassez crônica de médicos nas zonas rurais e em áreas médicas essenciais menos populares.
Crédito da imagem em destaque: Banco de imagem