Crise no sistema de saúde coreano se aproxima

A Coreia do Sul está preste a viver uma crise no sistema de saúde com os médicos do país de preparando para entrar em greve

Boatos e temores surgiram entre os cidadãos coreanos após rumores de uma possível crise no sistema de saúde da Coreia do Sul surgir por conta de médicos e residentes começarem a discutir uma greve em protesto ao aumento designado pelo governo para a cota de estudantes da faculdade de medicina.

A Associação Médica Coreana, a maior coligação de grupos médicos do país, com cerca de 130 mil membros, divulgou nesta quinta-feira (08) que planejam entrar em greve e que iriam realizar uma reunião nacional de médicos em Seul no último sábado (10).

Em contrapartida, o grupo de estagiários, residentes e médicos estagiários, também conhecidos como Associação Coreana de Internos Residentes, irão realizar uma reunião online hoje (12) à noite discutindo a possibilidade de tomar medidas coletivas contra o plano do governo de expandir a cota de estudantes em 2.000.

Crise no sistema de saúde coreano
Reprodução/Yonhap

O gabinete do presidente Yoon Suk Yeol declarou que o plano para expandir a cota de estudantes de medicina era “irreversível” e que a greve planejada dos médicos não tem uma justificativa plausível.

Anteriormente, o KIRA fez uma pesquisa com cerca de 10.000 médicos onde foi constatado que 88,2% dos entrevistados tomariam medidas coletivas, como greves, caso o governo continuasse a aumentar a cota das escolas médicas.

“O objetivo desta política é melhorar o sistema onde os residentes não conseguem concentrar-se na formação devido a cargas de trabalho excessivas, para que possam aperfeiçoar melhor as suas capacidades e qualificações durante a formação”, disse Cho Kyoo-hong, ministro da Saúde e que “salvar vidas será sempre difícil, mas queremos que pelo menos mais pessoas se juntem ao esforço para reduzir o fardo”.

Segundo o Ministério da Saúde, a ação tomada pelos médicos é considerada ilegal pois não são “trabalhadores” comuns e sim especialistas que não têm direito à greve garantido pela Constituição e que irá emitir uma ordem de retorno ao trabalho em resposta à ação coletiva dos médicos.

Perante a lei, o governo pode retirar licenças médicas se a ordem administrativa de retorno ao trabalho não for seguida, além de poderem receber uma pena de prisão de até três anos ou ser multados em até 30 milhões de won

Caso ocorra uma greve a nível nacional, será a quinta greve feita desde 2000, sendo a primeira em 2000 seguida por uma em 2012, 2014 e 2020. Durante a última paralisação ocorreu pela mesma questão da expansão das escolas médicas.

Crédito da imagem em destaque: Reprodução/The Korea Herald

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Sarah Rangel
Sarah Rangel
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