Crise política se agrava com pedidos de impeachment e renúncias no gabinete de Yoon Suk Yeol
No início de dezembro, durante a madrugada do dia 3, o presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, declarou lei marcial para, segundo ele, evitar a influência de “forças anti-estado”. Yoon acusou a oposição política de simpatizar com a Coreia do Norte, justificando sua decisão como uma necessidade para garantir a segurança nacional.
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A declaração provocou uma reação imediata da população, que tomou as ruas em protesto contra a medida. Para invalidar a ordem presidencial, 190 dos 300 parlamentares da Assembleia Nacional votaram contra a lei marcial, superando o número mínimo de 150 votos necessários para anular tal decisão, conforme a Constituição do país. Com isso, a lei marcial foi revogada poucas horas após sua implementação.
Os eventos desencadearam uma crise política sem precedentes. Diversos assessores seniores e membros do gabinete ofereceram suas renúncias, incluindo o Ministro da Defesa, Kim Yong-hyun, que assumiu total responsabilidade pelas ações tomadas sob a lei marcial. Em seu pronunciamento, Kim reconheceu que todas as forças armadas do país foram mobilizadas sob sua direção.
“Yoon poderia declarar lei marcial novamente devido ao seu fracasso recente. Agora enfrentamos um risco maior. Há um perigo real de que essa situação provoque a Coreia do Norte e desestabilize a linha de demarcação militar, o que pode levar a um conflito armado”, alertou o líder da oposição, Lee Jae-myung.
A oposição, liderada pelo Partido Democrático da Coreia, juntamente com outros cinco partidos menores, apresentou um projeto de lei pedindo o impeachment do presidente. No entanto, em uma votação realizada no dia 7 de dezembro, a proposta não obteve os votos necessários para avançar.
A pressão contra Yoon continua a crescer. Protestos pacíficos à luz de velas vêm reunindo milhares de cidadãos em todo o país, exigindo sua renúncia. O movimento tem ganhado força com o apoio de celebridades e figuras públicas que se manifestam contra o governo.
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Líderes oposicionistas e grupos civis organizam comícios e campanhas para manter a questão no centro do debate político, argumentando que a decisão de Yoon enfraqueceu a democracia sul-coreana e colocou o país em risco.
Crédito da imagem em destaque: Reprodução/Yonhap

