Polícia coreana inicia investigação sobre vídeo sobre aborto

Youtuber de 24 anos é investigada por aborto aos 9 meses de gravidez

Polícia sul-coreana investiga youtuber de 24 anos por aborto tardio

A polícia sul-coreana iniciou uma investigação no dia 16 de julho sobre uma youtuber de 24 anos, cuja identidade não foi revelada, que postou um vídeo controverso onde falava sobre a realização de seu aborto durante a 36ª semana de gravidez no mês passado. De acordo com o The Korea Herald, a polícia prometeu uma “repressão completa” ao caso.

O processo investigativo começou após o Ministério da Saúde solicitar uma investigação completa sobre a mulher e o médico no dia 11 de julho, após analisar uma decisão judicial de acusações de homicídio contra um médico que realizou um aborto em um feto de 34 semanas.

O caso chamou a atenção do ministério pois a mulher alegou em seu vídeo que foi submetida a uma cirurgia de aborto às 36 semanas, afirmando que “não sabia” que estava grávida até o último estágio da gestação.

De acordo com o The Korea Herald, ela disse em seu vídeo: “Quando minha menstruação parou por um longo período em março deste ano, fui diagnosticada com síndrome dos ovários policísticos, então nunca pensei em engravidar. Mas descobri mais tarde, quando visitei uma clínica de medicina interna.”

Após um tempo de postagem, o vídeo foi retirado do ar após diversas críticas do público dizendo que aborto tardio é assassinato e criticando seu comportamento antiético. No entanto, enquanto estava disponível, foi possível ver diversas etapas do exame e do procedimento de forma ampla, onde ela mostrou que o diâmetro da cabeça do feto naquele momento era de 8,89 centímetros e que o padrão de frequência cardíaca do bebê era normal.

De acordo com o Senado Federal, é recomendado que o aborto seja feito até 12 semanas de gestação e, em casos extremos como anomalia congênita, é recomendado que seja feito até 24 semanas de gravidez.

Após este período, os fetos têm mais chances de sobreviver sozinhos, o que em alguns casos pode ser considerado assassinato, pois durante as 36 semanas, também conhecidas como o 9º mês de gravidez, os pulmões do bebê estão maduros o suficiente para respirar fora do útero sem qualquer ajuda, além de serem capazes de sugar e digerir o leite materno.

“De acordo com a opinião de um especialista, um feto com 36 semanas pode sair do útero (da mãe) e sobreviver sem precisar de mais apoio ao desenvolvimento.”

Cho Ji-ho, Comissário da Agência de Polícia Metropolitana de Seul

O comissário continuou dizendo que “teorias historicamente aceitas e precedentes legais sobre o aborto não o classificam como assassinato, mas sugerem que uma investigação detalhada das circunstâncias específicas que envolvem cada caso (de aborto) é necessária para compreender completamente a situação.”

Atualmente, o aborto não é legal nem ilegal na Coreia do Sul após a Lei 269 da Lei Penal ter sido considerada inconstitucional em abril de 2019.

Crédito da imagem em destaque: Reprodução/Banco de imagem

Fonte: (1)

Sarah Rangel
Sarah Rangel
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